Monday, December 31, 2007

feliz ano velho, feliz ano novo!









2007, é o fim. foram tantas as coisas boas que me aconteceram este ano, e são muitas para enumerar aqui, que, apesar das coisas ruins e tristes que sempre rondam e acontecem, não posso falar do 2007 a não ser com boa dose de gratidão. foi ano de retorno a um lugar perdido, não-imaginado, um lugar que nem existe, mas que se inventa, reinventa um caminho, ponto de partida. e estou pronta. foi ano de chegadas e partidas, de surpresas boas, de encontros e desencontros. de aprender errando, e quem sabe acertar errando também. enfim, o que (se) foi, é (s)ido*. e o ano que chega, é sem grandes planos. resoluções, sim. resolvi que vou tomar várias, todas bem geladas... depois disso, é como falou o paulo lima, 2008 é o que vier. então que venha. e venha logo. feliz próximos 366 dias!

*arnaldo antunes in "as coisas" ed. iluminuras 1993.

ano novo da helô






















boa festa!

Monday, December 24, 2007

quem conta um conto...

a expressão contos de natal ou qualquer coisa muito natalina sempre me passa uma impressão terrível de algo aborrecido, enfadonho, apelativo, choramingante, etc. mas quando a história é boa e a habilidade do sujeito ao narrá-la pega o leitor, não há tema suficientemente aborrecido. esse conto de natal do mário de andrade é delicioso e divertido, ao menos pra mim que tive também pai desmancha-prazeres. aliás, como ele diz no conto, o puro-sangue dos desmancha-prazeres! só meu pai não era do mesmo tipo, mas enfim, não importa. desmancha-prazeres é um bicho que causa efeitos semelhantíssimos. o conto traz imagens de sentimentos e cenas familiares de eventos em família que são divertidas e escritas genialmente. vale a pena ler todo aqui. abaixo, algumas saborosas pinceladas. ah, a dica foi do sérgio rodrigues, do todoprosa.


Morreu meu pai, sentimos muito, etc.

A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.

E ficaram logo naquele ar de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu garantia quase gritando.

Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de papai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora.

Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru perfeito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração genial, de repente me tornou hipócrita e político.

Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos, um esquecimento de outros parentescos distraidores do grande amor familiar.

ho ho ho uma ova!


















feliz natal :P

que a festa aí tenha mais felicidade maiúscula* do que quinquilharias!

* mário de andrade

Saturday, December 15, 2007

Friday, December 14, 2007

el pegue

pedro e a pipa



















ok, a qualidade da foto não é lá essas coisas, longe disso. mas, enfim, é o pedro :-)

isso foi agora no final de outubro, quando fui pra mato grosso matar um pedaço de algumas de minhas muitas saudades. a boa é que o pedro, o moço feliz aí da foto, chega daqui a pouco... e fica até o final de janeiro. por isso tô aqui, de folga, feliz e falante, ouvindo a camaronesa kaïssa enquanto ajeito a casa pra chegada do moço.

outra coisa boa como saldo de minha ida a barra do bugres é que ajudei minha irmã a começar o blog dela, o márcia arteira, que é onde ela agora anda compartilhando alguns de seus trabalhos de artesanato em e.v.a.. enquanto estive por lá, ela fez até uma boneca-joice que, aliás, é a minha cara. ou ao menos no cabelo e no vestidinho preto.

a márcia é uma criatura super hiper habilidosa e sempre foi arteira, muito antes da formação acadêmica em artes visuais. ela é professora de artes e coordenadora de uma escola que é uma cooperativa de professores. especialista em reciclar coisas, a márcia tem o dom de transformar tudo em coisas bonitas e bacanas. e agora ela tá descobrindo na blogosfera pessoas que fazem trabalhos semelhantes e que compartilham essa vontade de criar e ensinar pessoinhas a imaginar que tudo pode ser diferente daquilo que elas vêem.. enfim, boa sorte pra márcia arteira em sua incursão blogosférica.